terça-feira, 16 de setembro de 2008

Rascunho de Resenha - Prof. Renato Izidoro.

Este texto é constituído de alguns recortes que realizei a partir das resenhas e resumos de vocês.
autora Fabiane Villa tenta mostrar conhecimentos e opniões de vários autores sobre as diferenças entre a educação familiar e a educação escolar. Nele apresenta em seu trabalho, uma abordagem da educação fisica escolar sob ótica da antropologiatratando de assuntos que se referem a educação, a escola e a educação física (DIAS). Inicialmente o texto tem como base alertar sobre as diferenças entre educação e a escola, argumentando que a escola é uma instituição tardia e restrita, enquanto a educação é tão antiga quanto o nascimento da cultura e do homem (BAHIA). Uma grande diferença entre as sociedades àgrafas e a atual é a forma de educar e de transmitir a cultura.Se antes era a familia quem exercia fundamentalmente o papel de educar, hoje é a escola que geralmente acumula tal função, além de desempenhar atribuiçães específicas e únicas do processo de escolarização (SOUZA). O autor afirma que a escola como local de ensino e aprendizado vem a desenvolver e desempenhar um espaço muito importante em virtude do aprendizado educacional. As funções, são desempenhadas por diversos profissionais como: diretores, professores e outros funcionários. Eles formam uma equipe para que o objetivo final seja o melhor aprimoramento do conhecimento dos alunos. Tendo como principal responsável o professor, que se destaca no contexto escolar, pois ele é o responsável pelas metas da instituição de ensino, seja ela infantil, fundamental e médio. Enfim, educar é fazer a pessoa alcançar aquilo que lhe é mais específico. No ser humano isto se dá na sua intelectualidade, sua afetividade e seus hábitos, para levá-lo a realização de um ideal (MIRANDA). As funções da escola são desempenhadas por diversos profissionais os coodenadores pedagogicos, diretores, professores e funcionarios.O professor é responsavel pela realização das metas da instituição, e o seu trabalho o principal fator para que a função da escola seja cumprida (CONCEIÇÃO). A educação institucionalizada é desenvolvida na escola que é uma instituição tardia e restrita pela educação ser tão antiga quanto o nascimento da cultura e do homem (BATISTA). O professor é responsavel pela continuação dessa jornada de metas da instituição, e o seu trabalho é primordial para que o fator da função da escola seja concluída (SANTOS). Ao final o texto aborda a questão sobre a escola que vem sendo sobrecarregada, pois a família que antes exercia o papel de educar agora a escola acumula toda essa função e assim tendo um déficit com relação as aspectos da educação escolar e o correspondente desenvolvimento dos conteúdos específicos dos componentes curriculares (BAHIA).

O que é resenha?

Prof. Renato Izidoro.

No contexto dos trabalhos acadêmicos a resenha pode ser encarada como uma etapa após o exercício de fabricação de resumos. Basicamente, o exercício de resenhar implica a construção de um diálogo textual-narrativo oral ou escrito.
Se na produção de um resumo o estudante deve se limitar à indicar e destacar o tema central, o fundamento epistmeológico e a lógica argumentativa do texto ou autor lido, sem expressar qualquer tipo de comentário pessoal próprio ou de terceiros, na resenha ele deve apresentar inicialmente e introdutoriamente essa mesma estrutura de resumo, mas acrescentando, de modo resumido, detalhes mais especiais acompanhados ou não de posicionamentos externos ao texto lido.
Tais posicionamentos externos podem ser: argumentos, julgamentos de valor, informações, dados de pesquisa etc. Portanto, a resenha é a combinação de resumos. Esses resumos podem ser derivados das opiniões do resenhistas, bem como de outras pessoas que leu, conversou, ouviu falar etc., desde que cite o nome desses sujeitos.
De modo mais específico, a resenhista deve prezar por uma redação textual-narrativa técnica e didática por meio da qual o leitor possa identificar detalhadamente o começo o meio e o fim da apresentação resenhada. Para tanto, respeitando inicialmente a estrutura de um resumo: apresentação do tema central, fundamento epistemológico e lógica argumentativa do texto lido, o resenhista deve inserir logo após essa tarefa detalhes que acredita ser pertinentes e/ou também posicionamentos selecionados.
Por fim, destaco aqui três principais tipos de resenha:
1) Resenha informativa: o resenhista deve apresentar em forma de resumo uma informação central. Em seguida deve confrontar e/ou concordar com a informação apresentada outras informações provindas de outras fontes: reflexão própria, jornal, revista, palestra, livro, relatório, aula etc. Por exemplo ficticio: um jornal regional informou que à tarde vai chover; um outro jornal também regional informou que vai fazer sol; um jornal de dimensão nacional informou que ocorrerão chuvas isoladas; você acredita que vai ficar nublado. Diante disso, o resenhista deve explicar porque cada jornal informou o que informou.
2) Resenha bibliográfica: o resenhista tem a tarefa de apresentar detalhadamente um livro que tenha lido. Para tanto, primeiro o resenhista resumo o texto aos moldes que já foi apontado aqui neste texto e depois acrescenta detalhes que acredita ser pertinentes. Mais ainda o resenhista deve sugerir ao seu leitor algumas outras referências que tratam do mesmo assunto do livro que leu e resenhou, bem como pode dar enfase a um ou mais capítulo do livro resenhado.
3) Resenha crítica: esse tipo de resenha é a mais complicada, não por ser dificil, mas devido ao teor que a palavra "crítica" ganhou em nossos tempos. Crítica significa avaliar, examinar, discutir fatos, apreciação minuciosa, juízo, critério... mas também significa censura, apreciação desfavorável e condenativa. Sobre isso, geralmente quando há sugestão de uma resenha crítica os estudantes entendem que se trata da segunda idéia de crítica, esquecendo que se pode criticar com frieza. Contudo, os dois tipos de crítica são válidos e importantes no exercício da resenha, a questão está em saber da existência dos dois, assim como escolher entre um e outro. De modo prático o resenhista resume um texto lido e depois exerce seu poder de crítica que implica julgamento de valor de modo mais enfático.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Plano de Curso

EMENTA
Estuda a história da Educação Física, sua contextualização sócio-política, suas tendências e concepções na sociedade moderna, sua relação com a cultura corporal e seus vários elementos, e sua importância como componente curricular da Educação Básica.
OBJETIVOS
GERAL:
Conhecer historicamente os elementos epistemológicos, sociais, culturais e políticos que constituem de maneira multidisciplinar os fundamentos e as concepções da Educação Física e do Esporte na Modernidade, em sua natureza filosófica, antropológica e pedagógica.
ESPECÍFICOS:
· Compreender a relação de origem e desenvolvimento entre os fundamentos filosóficos, pedagógicos, sociais, políticos e culturais da Educação Física e do Esporte.
· Identificar as tendências teóricas, metodológicas, ideológicas e econômicas da Educação Física e do Esporte.
· Sintetizar os objetivos anteriores em um corpo de conhecimento escolar e social necessários à vida da cultura corporal relacionada à prática e produção de saberes e fazeres no interior das interações sociais.Estimar o valor histórico-sócio-cultural da Educação Física brasileira no cenário nacional e internacional: a esportivização da cultura corporal.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE I – O QUE É EDUCAÇÃO FÍSICA: ORIGEM E CONCEITO
- A velha história e a educação física sob concepções modernas anacrônicas sobre as culturas corporais: a exemplo da esportivização do jogo grego;
- A Nova História e a emergência da Educação Física na Modernidade;
- A ruptura com os fundamentos das culturas corporais não-modernas: fundamentos e concepções de um novo homem;
- A educação física e o corpus científico moderno: a ginástica, o esporte e a medicina anátomo-fisiológica.
UNIDADE I I – DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA
- Concebendo um novo homem sobre um complexo de fundamentos paradoxais: filosofia clássica e medieval no sentido do Renascimento corporal;
- Fazendo um novo homem por meio das pedagogias do corpo: forjando uma nova cultura corporal;
- As pedagogias que emanam da problemática educacional do corpo: o instinto, a doença (física e mental) e a indisciplina moral;
- Ruptura com a cultura do circo e dos jogos populares nos tempos da Monarquia: a emergência da ginástica científica e do esporte pedagógico e olímpico;
UNIDADE I I I – EDUCAÇÃO FÍSICA SÓCIO-POLÍTICA E EDUCACIONAL
- O corpo no Estado Republicano: a cultura corporal ginástica no desenvolvimento do Estado Nacional;
- Ginástica versus Esporte: conflitos entre cultura corporal individual e cultura corporal coletiva no interior do Estado Nacional Republicano;
- Educação Física Higienista;
- Educação Física Militarista.
UNIDADE IV – EDUCAÇÃO FÍSICA E CULTURA CORPORAL
- As manifestações populares da cultura corporal: concepção moderna de uma cultura corporal do e para brasileiro;
- Educação Física Popular e a Esportivização da cultura corporal;
- Esporte como fenômeno sócio-cultural;
- Funções sócio-políticas e econômicas do esporte: o militarismo e o esporte.
UNIDADE V – A CRISE DA EDUCAÇÃO FÍSICA
- As novas concepções filosóficas e a crise sócio-cultural da Modernidade: o lugar da Educação Física em um mundo pós-moderno?
- Velhas idéias para uma nova Educação Física: fundamentos filosóficos, sociais e antropológicos na crise de 1980;
- Para onde caminha a Educação Física;
- Perspectivas acadêmicas e profissionais.
RECURSOS
- Quadro branco e marcador;
- Retroprojetor e transparências;
- Data show e telão;
- Videocassete, DVD, televisão.
AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados global e processualmente, tanto nos aspectos cognitivos, quanto nos operativos e atitudinais. Quanto à participação nas diversas atividades, serão levados em consideração aspectos relacionados à motivação, interesse, criatividade, responsabilidade, relacionamento intra e inter-pessoal, assim como a construção de novos conceitos e categorias.
- Prova escrita;
- Resumo de textos;
- Relatórios de aulas;
- Relatório de pesquisa introdutória;
- Análise de conteúdos radiofônicos, fotográficos, pictóricos e vídeos;
- Participação ativa nas aulas: comentários, críticas, informações, questionamentos;
- Estudo dirigido.
METODOLOGIA
- Aulas expositivas;
- Exposição participada por parte dos alunos;
- Leituras individuais de textos, resumos, sínteses;
- Leituras e em grupo na classe;
- Análise e síntese de textos;
- Dinâmicas de grupo;
- Produção de resumos, sínteses e análises em forma de texto;Observação e anotações didáticas de filmes, documenários, curta metragens, clipes, músicas etc.
Referências
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação física no Brasil: a histórica que não se conta. 10O ed. Campinas, SP: Papirus, 1994.
OLIVEIRA, Vitor Marinho de. O que é educação física. 11O ed. Tatuapé, SP: Brasiliense, 1999.
MEDINA, João Paulo Subirá. Educação física cuida do corpo... e “mente”. 20o ed. São Paulo: Papirus, 2005.
Referências Complementares
BRACHT, Valter. Sociologia Crítica do esporte: uma introdução. Espírito santo, UFES, Centro de Educação Física e Esportes, 1997.____
_______ Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre, Ed. Magister, 1992.
______ Educação Física e Ciência: cenas de um casamento (in)feliz. Ijuí. Ed.UNIJUí, 1999. (Coleção
Educação Física).
Coletivo de Autores. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo, ed. Cortez, 1993. (Coleção magistério 2" Grau, Série formação de Professor).
DAOLIO, Jocimar. Da cultura do corpo. Campinas, SP: Papirus, 1998.
______ Educação Física Brasileira Autores e atores da década de 1980. São Paulo: Editora Papirus, 1998. (Coleção Corpo e Motricidade).
______ Educação física e o conceito de cultura. Campinas, SP: Autores Associados, 2007.
DARIDO. Suraya Cristina. Educação Física na Escola. Questões e reflexões. Rio de janeiro, ed. Guanabara Koogan S. A. 2003.
DOMINGUES, Soraya Corrêa. Dissertação de Mestrado apresentado como requisito parcial para obtenção do título de mestre no programa de pós-graduação em educação UFBA, 2005.
FLAMARION, C.; VANINFAS (orgs.). Os domínios da história: ensaios de teorias e metodologias. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
FREIRE, João Batista. De corpo e alma: o discurso da motricidade. São Paulo: Summus Editorial LTDA, 1991.
FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS: EDUCAÇÃO FÍSICA, FLEXÕES E REFLEXÕES. Vitor Marinho de Oliveira (org.). Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1997.
GONÇALVES, Maria Augusta Salim. Sentir, pensar, agir: corporeidade e educação. Campinas, SP: Papirus, 1994.
GUIRALDELLI JÚNIOR, Paulo. Educação Física Progressista: a pedagogia crítico social dos conteúdos e a educação física brasileira. São Paulo, Edições Loyola, 1998.
MARINHO, Inezil Penna. Sistemas e métodos de educação física. São Paulo: CIA. Brasil Editora, 1953.
MEDINA, João Paulo Subirá. O brasileiro e seu corpo: educação e política do corpo. 2o ed. Campinas, SP: Papirus, 1990.
MEIO, Vitor Marinho. História da Educação Física e do Esporte no Brasil. Panorama e Perspectivas. São Paulo, IBRASA,1999.
OLIVEIRA, Vitor Marinho de. Consenso e conflito da educação física brasileira. Campinas, SP: Papirus, 1994.
SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez Editora: Autores Associados, 1980.
SERGIO, Manuel. Motricidade humana: um paradigma emergente. Prefácio de Ubirajara Oro. Blumenau: Ed. da FURB, 1995.
______ Educação física humanista. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1985.
SOARES, Carmen Lucia (org). Corpo e história. 2o ed. Campinas: Autores Associados, 2004.
______ Imagens da educação no corpo: estudo a partir da ginástica francesa no século XIX. Campinas, SP: Autores Associados, 1998.